Desafios persistem enquanto Maui se debate com o ressurgimento do turismo após os incêndios florestais

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Desafios persistem enquanto Maui se debate com o ressurgimento do turismo após os incêndios florestais
Desafios persistem enquanto Maui se debate com o ressurgimento do turismo após os incêndios florestais

No rescaldo do devastador incêndio florestal que atingiu Lahaina, no Havai, a 8 de agosto de 2023, a resiliência da comunidade local está a ser testada à medida que os turistas regressam à zona oeste de Maui.

Embora a revitalização económica seja uma perspetiva bem-vinda para a região, os desafios enfrentados pelos residentes que lidam com o trauma do incêndio florestal e a subsequente crise de habitação estão a vir ao de cima.

Ressurgimento do turismo em Maui Ocidental

Apesar da destruição em Lahaina, os turistas estão a regressar gradualmente à zona ocidental de Maui.

A importância económica da indústria do turismo levou o governador e o presidente da câmara a convidar os visitantes a regressar, com o objetivo de impulsionar a economia durante as férias de fim de ano.

No entanto, o regresso do sector do turismo coloca desafios únicos aos residentes que se debatem com perdas pessoais e com o lento processo de recuperação.

Crise da habitação e protestos

O rescaldo do incêndio deixou muitos residentes sem habitação a longo prazo e a preços acessíveis, exacerbando as tensões. Os evacuados, incluindo os que trabalham no sector do turismo, estão a protestar contra a falta de soluções de alojamento, com manifestações a terem lugar em zonas turísticas populares como Kaanapali.

Os lentos progressos na limpeza dos resíduos tóxicos em Lahaina aumentam a complexidade da situação.

Impacto nos trabalhadores do sector do turismo

O regresso dos turistas a Maui Ocidental é uma faca de dois gumes para os trabalhadores do sector da hotelaria.

Enquanto alguns hotéis estão a alojar as pessoas evacuadas pelo fogo, outros começaram a receber os turistas de volta, colocando os trabalhadores numa posição difícil. Muitos funcionários, como Katie Austin, consideram emocionalmente difícil servir os visitantes enquanto lidam com perdas pessoais.

A necessidade de soluções a longo prazo

Enquanto Maui se debate com as consequências do incêndio florestal, os apelos a soluções de habitação a longo prazo e a preços acessíveis estão a aumentar.

A falta de um plano global para a recuperação de catástrofes e os desafios em matéria de alojamento realça a necessidade de medidas proactivas para apoiar tanto os residentes como a indústria do turismo.

Enfrentar os desafios do turismo no meio de catástrofes naturais

Os especialistas, incluindo Chetikan Dev da Universidade de Cornell e Andreas Neef da Universidade de Auckland, sublinham a necessidade de os destinos incorporarem a gestão de catástrofes no seu planeamento empresarial.

As sugestões incluem a promoção do volunturismo organizado e a possibilidade de os turistas contribuírem para os esforços de recuperação da comunidade, em vez de se dedicarem simplesmente a actividades de lazer.

Impacto no número de visitantes

A confusão em torno da questão de saber se os visitantes devem regressar às zonas afectadas levou a um declínio da visitação. Lisa Paulson, directora executiva da Maui Hotel and Lodging Association, atribui a queda nos números a mensagens confusas nos meios de comunicação social e nacionais.

Este declínio afecta não só West Maui, mas toda a ilha, com impacto na indústria do turismo em geral.

O papel do turismo de compaixão

No meio dos desafios, há um apelo aos turistas para que abordem as suas visitas com compaixão e empatia.

Amory Mowrey, diretor executivo da Maui Recovery, exorta os visitantes a considerarem o impacto da sua presença numa comunidade que ainda está a recuperar de um trauma. O turismo consciente e respeitoso pode contribuir de forma positiva para o processo de recuperação.

ESTA e o turismo responsável

Para os turistas que planeiam visitar Maui após os devastadores incêndios florestais, o Sistema Eletrónico de Autorização de Viagem (ESTA) desempenha um papel fundamental para garantir uma entrada sem problemas ao abrigo do Programa de Isenção de Vistos.

Para além da conveniência logística, torna-se uma oportunidade de turismo consciente. Os turistas podem informar-se de forma proactiva sobre os recentes acontecimentos em Maui, em especial sobre os desafios enfrentados pelos residentes nas zonas afectadas.

Como parte do turismo responsável, os viajantes podem demonstrar empatia e respeito pela comunidade local, evitando perguntas intrusivas, reconhecendo o trauma e apoiando as empresas locais.

Ao alinharem o seu comportamento com os princípios do ESTA e do Programa de Isenção de Vistos, os turistas contribuem para a recuperação económica e emocional da ilha.

Esta abordagem promove uma ligação mais compassiva e mutuamente benéfica entre os turistas e os residentes de Maui durante estes tempos difíceis.

Em conclusão, à medida que Maui se esforça por recuperar das consequências do incêndio florestal, é necessário encontrar um equilíbrio entre a revitalização económica e o bem-estar dos seus residentes.

As medidas pró-activas, incluindo a resolução da crise da habitação e a promoção de um turismo responsável, são essenciais para a recuperação sustentável tanto da comunidade local como da indústria do turismo.